segunda-feira, 13 de setembro de 2010

ALTERNATIVAS AO FUMO NO RECONCAVO


O cheiro do fumo usado para fabricação do famoso charuto da Danneman esta cada vez mais difícil de ser encontrado no Recôncavo baiano. Cruz das Almas, São Félix, Cachoeira, Maragojipe, e outras cidades beneficiadas indiretamente, buscam novas alternativas para se desenvolver em relação das campanhas sobre o mal que o tabagismo traz.
Com a criação da Universidade Federal do Recôncavo e a chegada de estudantes, professores e funcionários ao mercado consumidor têm ajudado a renovar os ares da economia na região. Mas a grande expectativa de todos gira em torno do início das atividades do estaleiro na cidade de Maragojipe que, espera-se, poderá ajudar uma das regiões mais tradicionais da Bahia a superar a estagnação econômica e reduzir a pobreza que aflige esta população.
A expectativa é de que o estaleiro no distrito de São Roque do Paraguaçu atraia investimentos de R$ 2 bilhões nos próximos anos. A estimativa é de que sejam gerados oito mil empregos diretos.

Jucélia de Jesus Souza, 50 anos, é um retrato da mudança no Recôncavo. A avó trabalhou com a fabricação de charutos, a mãe também. Ensinou-a a fazer o “bico” do charuto. “Meu pai trabalhava nas plantações”, lembra. Hoje, é a única da família que permanece na atividade. O marido é comerciante e os filhos trabalham em empresas atraídas pela região por incentivos fiscais.
Estima-se que no início do século XX a Bahia era a responsável por grande parte dos 60 milhões de charutos que eram produzidos no Brasil. Além disso, a região Sul do Brasil passou a investir na produção de fumo para a fabricação de cigarros. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Bahia produz atualmente 1,4% da produção brasileira.
                               postado por Daniel Pereira

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