O Brasil precisará investir US$ 400 bilhões (R$ 674 bilhões) entre 2010 e 2030, cerca de US$ 20 bilhões ao ano, em setores como transportes, geração de energia, além de melhorar o uso da terra e seu manejo de resíduos, para que seja classificado como um país com economia sólida a partir da redução de emissões de carbono.
A conclusão é de um levantamento elaborado pelo Banco Mundial por meio do 'Programa de Estudos de Baixo Carbono para países', que mostra às nações as melhores formas para um desenvolvimento sustentável, evitando altos índices de emissões de gases de efeito estufa e, consequentemente, diminuindo os impactos do aquecimento global.
De acordo com o documento, a mitigação (redução) da mudança climática por meio do desenvolvimento no país teria que ser trabalhada em quatro setores distintos --melhorar o uso da terra no país e conter o desmatamento de biomas como a Amazônia e o Cerrado, identificar as melhores formas de eficiência energética, investir maciçamente em modais de transportes que sejam limpos e analisar a expansão e forma de manejo de resíduos.
Desta forma, seria possível retirar da atmosfera 213 milhões de toneladas de dióxido de carbono.
Ações.
Segundo o estudo, aproximadamente 40% das emissões brutas de carbono do Brasil vêm do desmatamento. O número somado às contribuições da produção agrícola e da pecuária sobe para 75%.
"De longe, evitar o desmatamento é a opção que oferece a maior oportunidade para a redução de emissões de gases de efeito estufa no Brasil", afirmou Christophe de Gouvello, coordenador do relatório.
Segundo o estudo, aproximadamente 40% das emissões brutas de carbono do Brasil vêm do desmatamento. O número somado às contribuições da produção agrícola e da pecuária sobe para 75%.
"De longe, evitar o desmatamento é a opção que oferece a maior oportunidade para a redução de emissões de gases de efeito estufa no Brasil", afirmou Christophe de Gouvello, coordenador do relatório.
Tanto é a preocupação do país com o desmatamento que a redução de cortes e queimadas na Amazônia e Cerrado é prioridade para que o governo cumpra até 2020 a redução de 36% a 39% das emissões nacionais.
A meta, anunciada na COP-15, em 2009, exige a redução de 80% na devastação da Floresta Amazônica, além de queda de 40% na exploração do Cerrado.
Energia.
No setor energético, cujas emissões ainda são baixas no país devido à matriz nacional ser considerada limpa (80% da energia elétrica no país hoje é gerada por hidrelétricas), se nada for feito para implementar novas formas de energia renovável, como eólica e solar, o setor responderá por um quarto dos gases lançados na atmosfera em 2030.
No setor energético, cujas emissões ainda são baixas no país devido à matriz nacional ser considerada limpa (80% da energia elétrica no país hoje é gerada por hidrelétricas), se nada for feito para implementar novas formas de energia renovável, como eólica e solar, o setor responderá por um quarto dos gases lançados na atmosfera em 2030.
"A di versificação da matriz depende somente do governo. Quanto mais aproveitarmos disso, mais empregos serão gerados para desenvolvimento tecnológico pois as formas de energia renováveis estão sendo barateadas. Hoje, o megawatt/hora em uma hidrelétrica custa de R$ 100 a R$ 120. Já em uma usina eólica (força dos ventos), o valor varia entre R$ 130 a R$ 140", disse Ricardo Baitelo, coordenador do setor de energia do Greenpeace Brasil.
Transportes.
De acordo com o estudo, o setor de transportes deverá receber políticas para os meios de locomoção de massa nas grandes cidades, de preferência havendo uma transferência do modal carro para trens ou ônibus com combustíveis renováveis, como etanol. Isto significaria reduzir o aumento de emissões geradas pelo setor de quase 65% para menos de 17% em 2030.
De acordo com o estudo, o setor de transportes deverá receber políticas para os meios de locomoção de massa nas grandes cidades, de preferência havendo uma transferência do modal carro para trens ou ônibus com combustíveis renováveis, como etanol. Isto significaria reduzir o aumento de emissões geradas pelo setor de quase 65% para menos de 17% em 2030.
Já na área de manejo de resíduos são recomendados mais investimentos e incentivos para a implantação de aterros conforme previsto na legislação ambiental, além de serviços de coleta e processamento, que fariam cair em 80% as reduções daqui 20 anos.
Segundo o embaixador Sérgio Serra, membro da delegação do Brasil na COP-16, que segue até o fim desta semana em Cancún, no México, é possível o país investir desta forma com recursos provenientes da exploração do pré-sal.
fonte: vale / postado por Daniel Pereira
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