O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem que caberá à presidenta eleita, Dilma Rousseff, mudar o valor do salário mínimo aprovado pelo Congresso para o ano que vem: R$ 540, com 5,88% sobre os R$ 510 atuais. A notícia de que o piso só vai aumentar R$ 30 deixou estarrecidos os aposentados e pensionistas do INSS — hoje, quase 20 milhões recebem o piso e mais 350 mil ficarão nesta condição com a atual política das aposentadorias. Eles se articulam para pressionar os parlamentares, porque já há proposta de emendas que elevam o piso para R$ 580 — com correção de 13,75% — e os demais beneficios em 10%.
Segundo o consultor Maurício Oliveira, se o piso ficar em R$ 540 a partir de sábado, com reajuste de 5,88%, e de apenas 4,11% para os benefícios superiores, a migração para a menor faixa salarial no INSS será de 350 mil pessoas. “Continuando essa injustiça, num futuro próximo a previdência pagará apenas um salário mínimo para todos os aposentados e pensionistas do INSS”, defende o especialista. Aposentado, Adonias Guilherme da Silva, 80 anos, ganha o mínimo. Diz que vive apertado. “Minha filha me ajuda. O salário mínimo não é suficiente”, reclama.
Segundo o governo, a justificativa para frear o ganho real em 2011 é que cada R$ 1 de aumento sobre o mínimo representa gasto adicional de R$ 198,3 milhões ao governo, porque o piso tem reflexos no seguro-desemprego, salário-família e abono salarial. Estudo da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap) calcula que, nos últimos 15 anos, 4,5 milhões de aposentados e pensionistas do INSS tiveram seus benefícios reduzidos ao salário mínimo.
Emenda proporá R$ 580
A direção nacional da Força Sindical contestou as declarações de Lula. “No final de seu mandato, o presidente parece querer que esqueçamos que seus oito anos de governo foram direcionados para o enfrentamento das desigualdades sociais. O governo não pode esquecer que um salário mínimo digno é uma forma de distribuir renda e de seu significado para mais de 40 milhões de trabalhadores e aposentados brasileiros”, diz documento divulgado.
O deputado federal Paulo Pereira da Silva, Paulinho da Força (PDT-SP), anunciou que vai protolocar emendas que estabelecem o novo salário mínimo de R$ 580, conforme reivindicação das centrais sindicais, e aumento de 10% para os aposentados e pensionistas que ganham valores acima do piso. “Um reajuste digno para o salário mínimo ajudará a aumentar o piso de diversas categorias profissionais”, defendeu Paulinho, que assinará as emendas ao orçamento.
Crítica à ação das centrais sindicais
O presidente Lula criticou os ‘companheiros sindicalistas’ que defendem a mudança da regra do reajuste do mínimo estabelecida desde 2006 por acordo entre governo e centrais. Pela norma, o reajuste do piso será uma combinação entre a inflação dos últimos 12 meses mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes.
O debate firmado este ano para alterar a fórmula é porque o PIB de 2009 foi negativo, puxando para baixo o reajuste. “Os sindicalistas não podem fazer um acordo que só vale quando for para ganhar mais”, comentou ontem o presidente, em café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto.
Lula fez a previsão para 2012: “É importante olhar para o ano que vem. Teremos PIB de 8% em 2011 e inflação de 5%, o que dará reajuste de 13%”, projetou ele, que destacou o ganho real do mínimo em seu governo: 67%.
O presidente ressaltou o crescimento do PIB, de 48%, até 2010, e a geração de 15 milhões de empregos nesses oito anos. O pré-sal ganhou espaço no discurso do presidente e foi classificado como “passaporte para o futuro”.
fonte: O Dia / postado por Daniel Pereira
Segundo o consultor Maurício Oliveira, se o piso ficar em R$ 540 a partir de sábado, com reajuste de 5,88%, e de apenas 4,11% para os benefícios superiores, a migração para a menor faixa salarial no INSS será de 350 mil pessoas. “Continuando essa injustiça, num futuro próximo a previdência pagará apenas um salário mínimo para todos os aposentados e pensionistas do INSS”, defende o especialista. Aposentado, Adonias Guilherme da Silva, 80 anos, ganha o mínimo. Diz que vive apertado. “Minha filha me ajuda. O salário mínimo não é suficiente”, reclama.
Segundo o governo, a justificativa para frear o ganho real em 2011 é que cada R$ 1 de aumento sobre o mínimo representa gasto adicional de R$ 198,3 milhões ao governo, porque o piso tem reflexos no seguro-desemprego, salário-família e abono salarial. Estudo da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap) calcula que, nos últimos 15 anos, 4,5 milhões de aposentados e pensionistas do INSS tiveram seus benefícios reduzidos ao salário mínimo.
Emenda proporá R$ 580
A direção nacional da Força Sindical contestou as declarações de Lula. “No final de seu mandato, o presidente parece querer que esqueçamos que seus oito anos de governo foram direcionados para o enfrentamento das desigualdades sociais. O governo não pode esquecer que um salário mínimo digno é uma forma de distribuir renda e de seu significado para mais de 40 milhões de trabalhadores e aposentados brasileiros”, diz documento divulgado.
O deputado federal Paulo Pereira da Silva, Paulinho da Força (PDT-SP), anunciou que vai protolocar emendas que estabelecem o novo salário mínimo de R$ 580, conforme reivindicação das centrais sindicais, e aumento de 10% para os aposentados e pensionistas que ganham valores acima do piso. “Um reajuste digno para o salário mínimo ajudará a aumentar o piso de diversas categorias profissionais”, defendeu Paulinho, que assinará as emendas ao orçamento.
Crítica à ação das centrais sindicais
O presidente Lula criticou os ‘companheiros sindicalistas’ que defendem a mudança da regra do reajuste do mínimo estabelecida desde 2006 por acordo entre governo e centrais. Pela norma, o reajuste do piso será uma combinação entre a inflação dos últimos 12 meses mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes.
O debate firmado este ano para alterar a fórmula é porque o PIB de 2009 foi negativo, puxando para baixo o reajuste. “Os sindicalistas não podem fazer um acordo que só vale quando for para ganhar mais”, comentou ontem o presidente, em café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto.
Lula fez a previsão para 2012: “É importante olhar para o ano que vem. Teremos PIB de 8% em 2011 e inflação de 5%, o que dará reajuste de 13%”, projetou ele, que destacou o ganho real do mínimo em seu governo: 67%.
O presidente ressaltou o crescimento do PIB, de 48%, até 2010, e a geração de 15 milhões de empregos nesses oito anos. O pré-sal ganhou espaço no discurso do presidente e foi classificado como “passaporte para o futuro”.
fonte: O Dia / postado por Daniel Pereira
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