Pelo quarto mês consecutivo, o preço da cesta básica registrou aumento e fechou dezembro cotado a R$ 924,95, valor que é 1,31% maior que o de novembro.
Segundo o Nupes (Núcleo de Pesquisas Econômico-Sociais), o aumento foi puxado pelo custo das hortaliças, legumes e frutas, que tiveram alta de até 48% em algumas cidades da região.
Tomate, cenoura, cebola, alface, ovos e laranja foram considerados os grandes ‘vilões’ da cesta.
A medição compreendeu 32 produtos de alimentação, 5 de higiene pessoal e 7 de limpeza doméstica que seriam comprados por uma família de cinco pessoas com renda mensal de R$ 2.550.
Produtos. A elevação do custo foi causada pelas chuvas que atingiram as plantações e impactaram no abastecimento dos produtos.
Frango e ovos também sofreram alta nos valores devido ao aumento na procura, já que os produtos viraram substitutos da carne bovina.
Na outra ponta da tabela, tiveram queda nos preços em dezembro feijão carioquinha (-18,4%) e batata (-7,3%).
Contenção. Ontem, comerciantes reclamavam sobre a dificuldade de obter hortaliças e legumes em boas condições para a venda.
“Eu vendia o quilo da cenoura a R$ 0,90 e agora foi para R$ 1,20. O tomate subiu R$ 0,30. O aumento fez o movimento na minha banca cair 20%”, afirmou Vanderlei Costa, 36 anos, da Banca do Alemão.
A comerciante Sonia Pereira Brasil, 34 anos, disse que o tomate, cuja caixa chegou a custar R$ 18 no início de dezembro, subiu para R$ 40 em questão de dias. Ela disse que frutas como laranja, abacate, maracujá e limão só deram prejuízo de vendas.
A cozinheira Maria José de Souza, 57 anos, afirmou que o alto custo das hortaliças a fez aumentar o valor dos sanduíches que vende. “Pelo menos R$ 0,50 foi acrescentado no custo de cada lanche”, disse.
Já o professor universitário Rubens Eduardo Ferreira, 62 anos, optou por reduzir a lista de compras. “Quando encarece demais, o melhor negócio é evitar a compra”, disse.
A cesta subiu 1,30% em dezembro, o cenário é o mesmo --consumidores e comerciantes reclamam dos preços.
A auxiliar de serviços gerais Silvia Regina dos Santos, 33 anos, afirma que nas últimas refeições teve que substituir produtos por conta do preço.
Ela conta que ainda lembra quando pagava R$ 1,50 pelo quilo do tomate. Ontem, quando foi ao mercado, se assustou com o novo valor --R$ 2,19.
“A opção que tenho diante desse preço é comprar o que dá. Troquei tomate e alface pela acelga, que rende mais.”
O gerente do supermercado Shibata, Nilton César Prado, 33 anos, confirma que a alta nos preços se deve às chuvas. “Alguns dos nossos fornecedores perderam até 70%, o que sobrou, o mercado teve que elevar os preços”, afirmou o gerente.
Balanço. O Nupes deve divulgar ainda esta semana o balanço da cesta básica no ano.
Trajano adiantou que estima uma alta nos preços de 10% no geral na região.
Trajano adiantou que estima uma alta nos preços de 10% no geral na região.
matéria: Eduardo Carvalho / postado por Daniel Pereira
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