Salvador possui 540 áreas classificadas como de alto risco de desabamentos em casos de chuvas mais fortes, segundo mapeamento feito pela Coordenação de Defesa Civil (Codesal). De acordo com os dados do órgão, existem sete bairros onde se registra maior número de solicitações de emergência - Boca do Rio, São Marcos, Periperi, Águas Claras, Bairro da Paz, Paripe e Castelo Branco - mas, ao todo, existem mais de dois mil pontos afetados de alguma maneira pelas chuvas na capital baiana.
Enquanto a Prefeitura tenta orquestrar suas secretarias para contornar séculos de ocupação desordenada, os moradores de áreas de risco em Salvador dizem estar assustados com os desastres na região serrana do Rio de Janeiro e já temem o pior para o período de chuvas que, na Região Metropolitana, fica entre os meses de abril e maio. Especialistas alertam que a capital não possui plano de contingência e que as áreas de ocupação irregular aumentam a cada dia.
Enquanto a Prefeitura tenta orquestrar suas secretarias para contornar séculos de ocupação desordenada, os moradores de áreas de risco em Salvador dizem estar assustados com os desastres na região serrana do Rio de Janeiro e já temem o pior para o período de chuvas que, na Região Metropolitana, fica entre os meses de abril e maio. Especialistas alertam que a capital não possui plano de contingência e que as áreas de ocupação irregular aumentam a cada dia.
Segundo o subsecretário de assuntos da Defesa Civil, Osny Bomfim, o primeiro plano de contingência para chuvas começou a ser elaborado no ano passado e está em fase de detalhamento. "Precisamos regionalizar as ações, para saber o que será feito em cada ponto da cidade. Assim, o plano assumirá um caráter mais prático e poderá ser usado nesse período mais crítico", explicou.
Engenheiros e técnicos da área destacam, porém, que o período de maior concentração das chuvas começa já em março e dificilmente uma ação estará pronta até lá. “É preciso saber como avisar as pessoas, e elas precisam estar sabendo para onde devem ir e também como irão. Tem que treinar a população e não dá para fazer isso até as chuvas chegarem", avaliou o diretor da Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia (Ufba) e engenheiro civil Luís Edmundo Prado.
“Quando chove, não consigo dormir. A casa tem rachaduras. Não sei mais o que fazer, por que não tenho para onde ir. Estou pedindo a Deus que não chova”. O relato de Georgina Bispo, 43 anos, moradora da comunidade conhecida como Bate Facho, no bairro da Boca do Rio, reflete a preocupação dos cerca de 100 mil moradores que vivem nas áreas de maior risco, segundo o mapeamento da Codesal.
reportagem: Tássia Correia / postado por Daniel Pereira
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