terça-feira, 2 de novembro de 2010

APÓS DERROTA DE SERRA, PSDB DISCUTE FALHAS DE CAMPANHA



O presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, condenou o comentário que Xico Graziano, coordenador do programa de governo de José Serra, fez no Twitter.
O ex-secretário do governo paulista questionou a surpreendente derrota de Serra em Minas Gerais com um ataque indireto ao senador eleito Aécio Neves. Aos internautas, Xico Graziano escreveu: “Perdemos feio em Minas Gerais. Por que será?!”
Para Guerra, Graziano foi injusto ao apelar para o “fogo amigo”. 
“O Xico é um companheiro nosso, um grande quadro, mas está completamente equivocado. Não falei com ele, mas ele está errado”, afirmou.
“Todos trabalhamos pela eleição do Serra, inclusive o governador Aécio Neves, com muita força e muita determinação. Acho que ele cometeu uma injustiça.” 
Votos. Em Minas Gerais, que elegeu os tucanos Aécio ao Senado e Antonio Anastasia para o governo estadual, Dilma Rousseff teve 58,45% dos votos e Serra, 41,55%.
Sérgio Guerra permaneceu por cerca de duas horas na casa do candidato derrotado nas eleições presidenciais. Chegou por volta das 16h15 e saiu da residência de José Serra, localizada no Alto de Pinheiros, por volta das 18h20. 
Afirmou que teve uma conversa informal, discutindo as eleições e o país. 
“Conversamos coisas gerais, nada de pontual. Ele está muito tranquilo, me recebeu vestindo roupas simples. Estava lendo, escrevendo.” 
O senador pernambucano garantiu que não foi discutido, em nenhum momento, o futuro do presidenciável. “Não faz o menor sentido resolver isso agora. É esperar demais de um brasileiro, mesmo que seja José Serra. Ele vai agir, está em sintonia com todos nós, recebeu as lições da eleição com muita tranquilidade. É um democrata total.”
Balanço. Sérgio Guerra afirmou que um balanço sobre o resultado do pleito deverá ser feito apenas no fim da próxima semana, em uma reunião da diretoria executiva do partido. O presidente do PSDB reafirmou, mais uma vez, que o partido considerou a disputa “desequilibrada”, visto que, na sua opinião, Serra precisou enfrentar não só a adversária, mas também a máquina pública.
“Nossa estrutura era infinitamente menor que a do PT e da candidata deles. Só um cego não viu (o uso da máquina administrativa). Mesmo assim, tivemos 45% dos votos, elegemos oito governadores, além de dois do DEM, e elegemos deputados e senadores consistentes. Crescemos como partido.”
No próximo governo, Guerra garantiu que o PSDB fará uma oposição responsável.
“Não esperem de nós uma oposição radical, insensata, porque isso não é da nossa natureza.” Acha que Dilma não terá vida fácil no Congresso, apesar do grande apoio no legislativo - a candidata petista foi eleita em uma coligação de 10 partidos. Para Guerra, Dilma tem uma base “furada” e inabilidade política.

                    transliterado da AE / postado por Daniel Pereira


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