Comer engorda a barriga e emagrece o bolso. Dentro ou fora de casa, a alimentação passou a ocupar lugar de destaque no orçamento doméstico. Produtos da cesta básica estão mais caros, refeições em restaurantes mais custosas e a despensa custa bem mais para ficar cheia do mesmo jeito que antes.
Item básico da alimentação do brasileiro, o feijão subiu nada menos que 178% nos últimos três meses. Saltou de R$ 1,80 o quilo para R$ 5. A batata inglesa bateu o recorde de valorização: custa R$ 2 quando já foi vendida a R$ 0,10 o quilo. Nada mesmos que 1.900% de aumento.
Leite, carne e arroz também ficaram mais caros, sem contar frutas, legumes e verduras. Os culpados? O clima e o mercado, aponta o economista Luiz Carlos Laureano, do Nupes (Núcleo de Pesquisas Econômico-Sociais).
Segundo ele, o período de estiagem aumentou os custos dos produtores e refletiu nas prateleiras dos supermercados.
Os empresários aplicam a lei da oferta e da procura e, no final, quem paga a conta é o consumidor.
“Mas acho que os preços devem cair nos próximos meses por causa das boas safras”, diz Laureano, otimista com a produção de alimentos no Brasil.
“Mas acho que os preços devem cair nos próximos meses por causa das boas safras”, diz Laureano, otimista com a produção de alimentos no Brasil.
No lápis.A engenheira civil Mariana Sartorio, 26 anos, sentiu o golpe na hora de pagar a conta dos restaurantes. “Está tudo mais caro mesmo”, afirma.
Por causa do trabalho, ela é obrigada a comer fora todos os dias. A empresa paga parte da conta e Mariana põe tudo na ponta do lápis para não exagerar nos gastos. “Tem que ficar de olho.”
Em média, o preço do quilo de comida vendido em restaurantes subiu 12%. Há lugares que cobram mais de R$ 30 o quilo e outros que conseguem ficar abaixo de R$ 20. Só não se sabe até quando.
reportagem: Xandu Alves / postado por Daniel Pereira
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