Ardila comentou o assunto no final de semana, no lançamento da nova picape Montana, em Recife (PE). A Montana, produzida em São Caetano do Sul, chega em um novo design, desenvolvido sobre a plataforma do hatch Agile, que é montado na unidade da GM em Rosário, na Argentina.
A indústria automotiva brasileira deverá fechar o ano com mais de 3,4 milhões de veículos produzidos, batendo com folga o recorde histórico de 2009, que foi de 3,14 milhões de automóveis.
As previsões de Ardila para a indústria de um modo geral também são otimistas. Em 2015, o Brasil deverá produzir 5 milhões de automóveis, enquanto que em toda a América do Sul serão produzidos 6,5 milhões (deste total, a GM brasileira responderá por uma fatia de 65%, segundo previsões de Ardila).
A GM do Brasil tem sistematicamente vendido 50 mil carros a mais a cada ano. Foram 500 mil carros em 2007, 550 mil em 2008 e 600 mil em 2009. A previsão para este ano é de 650 mil a 660 mil. Para 2011, a GM deverá vender 700 mil automóveis.
Ranking. O Brasil já ocupa a terceira posição no ranking de produção da General Motors. Em primeiro lugar está a China e, em segundo, os Estados Unidos. Quando se refere a apenas à marca Chevrolet, o Brasil fica em segundo lugar, atrás apenas do mercado norte-americano.
Com a crise econômica dos Estados Unidos, as filiais de outros países da GM tiveram mais autonomia para desenvolver veículos. E países como a China e os da América do Sul tiveram uma excelente performance industrial e comercial.
Potencial. O otimismo é compartilhado pela presidente da GM do Brasil, Denise Johnson, que vê grande potencial no mercado brasileiro. Denise, que assumiu o cargo em junho, é uma especialista em design de veículos e tem grande experiência nas relações trabalhistas. Denise tem viajado visitando as unidades brasileiras da GM, supervisionando projetos e métodos de produção.
Caminhões. Jaime Ardila voltou a falar da possibilidade da GM retomar sua produção de caminhões e ônibus. Esta produção poderá ser retomada em 2013 ou 2014, mas antes é preciso fazer todo um trabalho de viabilidade econômica, que a grosso modo são favoráveis.
Já existe um acordo entre os países da América do Sul que reduz de forma gradual os impostos sobre os caminhões. Estes impostos continuam sendo sistematicamente reduzidos, o que tornaria a produção viável a médio prazo.
A GM não descarta também importar veículos pesados e produzir unidades em CKD (kits de veículos desmontados para exportação).
Salão. O diretor geral de comunicação e relações governamentais da GM do Brasil, Marcos Munhoz, afirmou que o Salão do Automóvel de São Paulo, que será realizado no final de outubro, ainda terá novidades. Além dos já apresentados Captiva, Montana, Malibu e Omega, a Chevrolet também vai exibir o novo Camaro, que chegará ao mercado brasileiro por importação.
postado por Daniel Pereira
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