sábado, 25 de setembro de 2010
AFINAL... QUAL É SEU NEGÓCIO?
Lendo noticias em um blog da região, que relatava que um empresário teria sido morto, na realidade ele apesar se ser uma boa pessoa que batalhava na vida aos 14 anos, ele não seria um empresário, mas sim um vendedor de produtos clandestinos, no caso CD pirata ( uma contravensão). Mas alias o que é ser um empresário? Ter o negócio próprio é o sonho de muitos profissionais. Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae), no Brasil existem 5,1 milhões de empresas, sendo que 98% são micro e pequenas. Estas respondem por mais de dois terços das ocupações do setor privado. Entretanto, de acordo com um estudo também do Sebrae, 27% das empresas paulistas fecham antes de completar um ano. E os números só se agravam até o sexto ano, quando atingem 64% de mortalidade. E as pequenas e microempresas representam 96% desse universo.
Daí a conclusão de que apostar em um empreendimento requer muito mais do que tino comercial. De acordo com o Ibmec São Paulo, ações como antecipar acontecimentos, buscar informações para tomar decisões e aproveitar oportunidades são os principais elementos para sobrevivência das empresas. Entretanto, buscar a simples sobrevivência está longe de ser o objetivo de um verdadeiro empreendedor. O sucesso exige a criação de projetos diferenciados que façam com que o negócio seja algo realmente inovador. Essa foi a estratégia utilizada por diversos empresários que, mesmo com poucos recursos, atrelaram criatividade a um bom planejamento e deram início a negócios promissores e bastante lucrativos.
É o caso da VAULT, especializada em engenharia para ambientes seguros, com atuação em duas divisões de negócios: blindagem arquitetônica e sistemas integrados de segurança (controle de acesso, CFTV e alarme). Há quase vinte anos fabricando, distribuindo e implementando soluções integradas de segurança, a VAULT surgiu como um embrião dentro de uma empresa de engenharia voltada para execuções de projetos e estruturas metálicas no segmento de módulos habitáveis para plataformas de petróleo, contêineres de cargas e vagões ferroviários.
Um dos sócio-fundadores, Cristiano Vargas, viu no negócio uma oportunidade de mudar o rumo profissional, já que, formado em Direito, o empresário não estava feliz trabalhando em escritório de advocacia. “Nessa época, eu tinha um amigo que morava em San Diego, Estados Unidos, e tinha comentado sobre uma feira de segurança que ele havia visitado na região e achado interessante. Então, pedi que me mandasse um material sobre os produtos e as empresas do mercado americano. Passei a pesquisar esse mercado no Brasil e constatei que havia uma demanda muito grande por este tipo de serviço e poucas empresas que o prestavam.” Ao perceber que o nível de produto no mercado americano era extremamente mais avançado do que o brasileiro, Vargas passou a importar esses produtos em sociedade com seu amigo de San Diego.
Com o aumento da violência no início dos anos 1990, a empresa de engenharia foi extinta e Vargas criou uma empresa destinada especialmente à fabricação de portas de segurança em função da crescente demanda por estes produtos. Atualmente, a VAULT desenvolve projetos mais complexos, customizados, com proteções de ambientes inteiros para residências, condomínios, bancos, empresas e representações diplomáticas. “No início, contamos apenas com recursos próprios, mesmo porque passamos bastante tempo apenas pesquisando e estudando, ou seja, só gastando. Então, ninguém ia nos conceder empréstimo sem um negócio propriamente montado e funcionando. E nem nós mesmos tínhamos esse objetivo, já que ainda não tínhamos nosso negócio operando”, pontua o executivo.
A principal dificuldade no início da VAULT, segundo Vargas, foi ter paciência e “sangue frio” para passar tanto tempo só investindo e pesquisando sem ter receita alguma. “Tanto é que o meu sócio, que iniciou o projeto comigo, ao voltar para o Brasil, não aguentou e arrumou um emprego. Portanto, fiquei sozinho na empreitada e, posteriormente, arrumei outros dois sócios (amigos antigos) que abraçaram o projeto e estão comigo até hoje.” Outro problema, percebido mais à frente, foi a dificuldade de lidar com burocracia, carga tributária e legislação trabalhista. “Essa nossa estrutura arcaica acaba resultando em uma quantidade enorme de informalidade, gerando concorrência desleal.”
postado por Daniel Pereira
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário