Com a polêmica em torno de questões religiosas, as emissoras católicas ganharam papel de destaque na atual campanha eleitoral.
Os debates, sermões e celebrações exibidos pelas tevês Aparecida e Canção Nova mobilizaram os staffs de campanha de José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), criando uma disputa paralela pelo voto católico.
Dirigentes das duas emissoras defendem a forma como abordaram o pleito em suas programações, sustentando que essa cobertura ajudou a informar os fiéis.
“Nós temos uma tradição em fazer política, em fazer com que o eleitor acorde para a importância de exercer a cidadania”, disse o diretor de jornalismo da TV Aparecida, padre César Moreira.
“A nossa emissora, enquanto meio de comunicação de grande alcance e poder de penetração, tem o intransferível papel de informar, orientar sobre um momento tão importante do país”, afirmou a superintendente da Canção Nova, Ana Paula Guimarães.
Debate. Neste ano, a TV Aparecida e a Rede Canção Nova se uniram para realizar o primeiro debate entre candidatos à Presidência voltado para o público cristão.
O programa, realizado no primeiro turno, abordou temas considerados tabus dentro da Igreja, como o aborto, a união homossexual e a manutenção de símbolos religiosos em repartições públicas.
Paralelamente, líderes da Igreja se posicionaram publicamente em programas televisivos manifestando opiniões sobre o pleito --caso do padre José Augusto, que acusou o PT de apoiar o aborto e pediu para os católicos não votarem em Dilma em um programa da TV Canção Nova.
O fato, encarado como isolado pela cúpula da Igreja, ganhou destaque na imprensa nacional e foi objeto de representação da coligação “Para o Brasil seguir mudando”, que apoia a Dilma, no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Religiosidade. Mesmo divergindo sobre o motivo que teria elevado temas religiosos à tamanha evidência neste pleito, os dirigentes das TV Aparecida e da Canção Nova afirmam que o conteúdo veiculado em suas emissoras não teve influência sobre o voto dos fiéis.
Ana Paula Guimarães credita a repercussão dessas questões ao fato de “os cristãos representarem 90% da população do Brasil”. Padre César, por sua vez, sustenta que a forma como foram apresentadas as propostas do PT sobre o aborto e a união homossexual assustou a população.
“As pessoas reagiram às pautas do PT e começaram a exigir uma mudança de postura. O grupo mais tradicional da Igreja e a população mais conservadora começaram a bater no partido”, afirmou César.
Os debates, sermões e celebrações exibidos pelas tevês Aparecida e Canção Nova mobilizaram os staffs de campanha de José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), criando uma disputa paralela pelo voto católico.
Dirigentes das duas emissoras defendem a forma como abordaram o pleito em suas programações, sustentando que essa cobertura ajudou a informar os fiéis.
“Nós temos uma tradição em fazer política, em fazer com que o eleitor acorde para a importância de exercer a cidadania”, disse o diretor de jornalismo da TV Aparecida, padre César Moreira.
“A nossa emissora, enquanto meio de comunicação de grande alcance e poder de penetração, tem o intransferível papel de informar, orientar sobre um momento tão importante do país”, afirmou a superintendente da Canção Nova, Ana Paula Guimarães.
Debate. Neste ano, a TV Aparecida e a Rede Canção Nova se uniram para realizar o primeiro debate entre candidatos à Presidência voltado para o público cristão.
O programa, realizado no primeiro turno, abordou temas considerados tabus dentro da Igreja, como o aborto, a união homossexual e a manutenção de símbolos religiosos em repartições públicas.
Paralelamente, líderes da Igreja se posicionaram publicamente em programas televisivos manifestando opiniões sobre o pleito --caso do padre José Augusto, que acusou o PT de apoiar o aborto e pediu para os católicos não votarem em Dilma em um programa da TV Canção Nova.
O fato, encarado como isolado pela cúpula da Igreja, ganhou destaque na imprensa nacional e foi objeto de representação da coligação “Para o Brasil seguir mudando”, que apoia a Dilma, no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Religiosidade. Mesmo divergindo sobre o motivo que teria elevado temas religiosos à tamanha evidência neste pleito, os dirigentes das TV Aparecida e da Canção Nova afirmam que o conteúdo veiculado em suas emissoras não teve influência sobre o voto dos fiéis.
Ana Paula Guimarães credita a repercussão dessas questões ao fato de “os cristãos representarem 90% da população do Brasil”. Padre César, por sua vez, sustenta que a forma como foram apresentadas as propostas do PT sobre o aborto e a união homossexual assustou a população.
“As pessoas reagiram às pautas do PT e começaram a exigir uma mudança de postura. O grupo mais tradicional da Igreja e a população mais conservadora começaram a bater no partido”, afirmou César.
Evangélicos. Ao contrário das emissoras católicas, as estações de rádio evangélicas preferiram manter-se neutras durante o período eleitoral.
A maior parte delas se limitou a retransmitir a propaganda eleitoral gratuita --nem mesmo programas com teor jornalístico abordaram o tema.
Para o consultor em marketing político Orlando Mancini, avalia que o conteúdo veiculado pelas emissoras religiosas pode despertar reflexões entre os fiéis, “mas não tem tanta influência sobre o voto”.
"É evidente que esse tipo de conteúdo surte efeito, mas o eleitor de hoje não é mais um cordeirinho. O poder de convencimento das emissoras não é tão representativo.”
A maior parte delas se limitou a retransmitir a propaganda eleitoral gratuita --nem mesmo programas com teor jornalístico abordaram o tema.
Para o consultor em marketing político Orlando Mancini, avalia que o conteúdo veiculado pelas emissoras religiosas pode despertar reflexões entre os fiéis, “mas não tem tanta influência sobre o voto”.
"É evidente que esse tipo de conteúdo surte efeito, mas o eleitor de hoje não é mais um cordeirinho. O poder de convencimento das emissoras não é tão representativo.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário