O aumento do consumo de crack e cocaína entre os jovens tem contribuído para mudar o perfil dos moradores de rua. Se no passado os moradores de rua eram frequentemente adultos e alcoólatras, hoje o que se vê são pessoas cada vez mais jovens e envolvidas com algum tipo de droga.
Entre as principais causas que tiram esses jovens de casa estão a falta de estudo, conflitos familiares e as perdas de emprego, família ou alguém muito querido.
“Algumas pessoas não sabem lidar com essas questões e vão para a rua”, diz Liliane Cristina Santos, assistente social da Casa de Convivência, órgão da prefeitura que recebe jovens e adultos em situação de rua.
W. S., 18 anos, há seis usa drogas. Começou com maconha e hoje usa cocaína. Há três meses, cansado das brigas com a família, o rapaz saiu de casa e peregrina pelas ruas de .
Na rua há seis meses, R.T., 32, é usuário de crack e saiu de casa para evitar mais problemas para a família. Casado e com filhos, ele mantém contato com a esposa. “Ela quer que eu volte, mas enquanto eu estiver assim não vou voltar”, revela o homem que diz usar drogas desde os 10 anos de idade. “Comecei para experimentar, usava cocaína. Mesmo assim eu trabalhava, fazia uns ‘bicos’ agora não dá mais”.
Preconceito. J., 27anos, conta que saiu de casa durante uma crise de depressão e nunca mais voltou.
Vive peregrinando pelas ruas há mais ou menos sete anos. Não tem mais notícia da família. Entre uma calçada e outra, é obrigado a conviver com a discriminação.
“Muitos agem com falta de educação e a gente é obrigado a agir da mesma forma”, disse.
J. afirma não ser um consumidor drogas e garante querer sair da rua e voltar para a casa, mas o caminho para recomeçar não é fácil. “Quero sair, mas não consigo porque não tenho oportunidade. Nem meus documentos consigo tirar”, disse.
Frio. Convivendo com a dura realidade das drogas e da violência, apenas um entrevistado citou a insegurança das ruas como principal dificuldade das ruas. Para a maioria o pior de tudo é o frio. Nem a fome os aterroriza porque, segundo eles, alguém sempre dá um prato de comida.
Nas histórias ouvidas há alguns pontos em comum: os jovens vão para as ruas em busca de independência e para fugir de conflitos familiares, veem no frio a maior dificuldade enfrentada na rua, dizem que querem deixar essa vida, mas quase nunca estão dispostos a aceitar a ajuda oferecida pelos agentes sociais da prefeitura.
Qualificação. Outro detalhe que chama a atenção é que muitos deles têm alguma qualificação para o mercado e possuíam um emprego regular antes de sair de casa.
Entre os entrevistados, W. M.S. fez o curso de informática; R.C.F. tinha um emprego como segurança e J.L.B. trabalhava como motoboy.
Entre as principais causas que tiram esses jovens de casa estão a falta de estudo, conflitos familiares e as perdas de emprego, família ou alguém muito querido.
“Algumas pessoas não sabem lidar com essas questões e vão para a rua”, diz Liliane Cristina Santos, assistente social da Casa de Convivência, órgão da prefeitura que recebe jovens e adultos em situação de rua.
W. S., 18 anos, há seis usa drogas. Começou com maconha e hoje usa cocaína. Há três meses, cansado das brigas com a família, o rapaz saiu de casa e peregrina pelas ruas de .
Na rua há seis meses, R.T., 32, é usuário de crack e saiu de casa para evitar mais problemas para a família. Casado e com filhos, ele mantém contato com a esposa. “Ela quer que eu volte, mas enquanto eu estiver assim não vou voltar”, revela o homem que diz usar drogas desde os 10 anos de idade. “Comecei para experimentar, usava cocaína. Mesmo assim eu trabalhava, fazia uns ‘bicos’ agora não dá mais”.
Preconceito. J., 27anos, conta que saiu de casa durante uma crise de depressão e nunca mais voltou.
Vive peregrinando pelas ruas há mais ou menos sete anos. Não tem mais notícia da família. Entre uma calçada e outra, é obrigado a conviver com a discriminação.
“Muitos agem com falta de educação e a gente é obrigado a agir da mesma forma”, disse.
J. afirma não ser um consumidor drogas e garante querer sair da rua e voltar para a casa, mas o caminho para recomeçar não é fácil. “Quero sair, mas não consigo porque não tenho oportunidade. Nem meus documentos consigo tirar”, disse.
Frio. Convivendo com a dura realidade das drogas e da violência, apenas um entrevistado citou a insegurança das ruas como principal dificuldade das ruas. Para a maioria o pior de tudo é o frio. Nem a fome os aterroriza porque, segundo eles, alguém sempre dá um prato de comida.
Nas histórias ouvidas há alguns pontos em comum: os jovens vão para as ruas em busca de independência e para fugir de conflitos familiares, veem no frio a maior dificuldade enfrentada na rua, dizem que querem deixar essa vida, mas quase nunca estão dispostos a aceitar a ajuda oferecida pelos agentes sociais da prefeitura.
Qualificação. Outro detalhe que chama a atenção é que muitos deles têm alguma qualificação para o mercado e possuíam um emprego regular antes de sair de casa.
Entre os entrevistados, W. M.S. fez o curso de informática; R.C.F. tinha um emprego como segurança e J.L.B. trabalhava como motoboy.
reportagem de Camila Bergamo / postado por Daniel Pereira
Nenhum comentário:
Postar um comentário