Este mês, o programa de transferência de renda para famílias em situação de pobreza completa sete anos. Entre 2004 e 2009, o volume anual de recursos repassados pelo governo federal triplicou.
Na contramão desse processo, poucos foram os avanços na capacitação profissional dessas famílias, que ainda não conseguem gerar renda própria.
Moradora de Canoas-RS, a dona de casa Silvana Fátima dos Santos, 45 anos, faz parte do enorme contingente de beneficiários do Bolsa Família no Vale. Mãe de 12 filhos, ela conta com a ajuda do programa há três meses e já não sabe mais como viver sem os R$ 90 que recebe todo mês. “Com esse dinheiro compro só o básico para nos alimentar e pagar a água”, disse Silvana. “O resto a gente se vira como dá. Apesar de ser pouco, me ajuda muito e, como não sei fazer nada a não ser cuidar da casa, não posso perder.”
Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social, o programa beneficia hoje 12,8 milhões de famílias em todo o país e vai movimentar este ano R$ 13,4 bilhões.
“O Bolsa Família reduziu as desigualdades sociais e deu visibilidade às famílias pobres. Hoje sabemos quem são elas, suas deficiências e vulnerabilidades para que possamos aportar, além da transferência de recursos, políticas de inclusão”, disse a secretária Nacional de Renda e Cidadania do MDS, Lúcia Modesto.
Segundo ela, a transferência de renda é apenas uma das dimensões do programa, que também atua na redução da pobreza e na canalização de políticas como habitação, saneamento, água e luz..
reportagem de Beatriz Rosa / postado por Daniel Pereira
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