terça-feira, 18 de janeiro de 2011

DILMA VAI REVER COMPRA DE CAÇAS

Nova reviravolta no processo de compra de 36 caças para a FAB (Força Aérea Brasileira), o Programa F-X2. A presidenta Dilma Rousseff (PT) decidiu reavaliar as propostas finalistas antes de tomar sua decisão.
A notícia foi divulgada ontem por agências internacionais de notícia, com base em informações de fontes do governo federal.
Dilma quer novas garantias e acertar questões sensíveis como transferência de tecnologia, um dos principais pontos do programa.
A presidenta não “teria preferência por qualquer fornecedor”, o que significa que os três concorrentes continuam no páreo.
Os finalistas do processo de escolha do jato que irá reequipar a FAB são o consórcio francês liderado pela Dassaut, com o Rafale, a sueca Saab, com o Gripen NG, e a norte-americana Boeing, com o F-18 Super Hornet.
O negócio está avaliado em pelo menos US$ 4 bilhões, mas esse valor pode aumentar dependendo do pacote que for negociado. O Ministério da Defesa e os concorrentes não comentaram o assunto.
Preferência. O ex-presidente Lula tinha preferência pelo caça francês. Em 2009, ele chegou a anunciar como certa a compra do Rafale.
Já Aeronáutica, em relatórios elaborados e depois revisados, apontou que o sueco seria a melhor opção pelo preço e pela transferência de tecnologia.
O jato sueco ainda está em fase de desenvolvimento e a Saab acenou a possibilidade de o país participar do projeto caso o Gripen NG seja o vencedor.
A Dassault garante que irá transferir tecnologia e oferece benefícios e parcerias com a indústria brasileira, principalmente com a Embraer, no desenvolvimento do cargueiro KC-390, mas tem o fator do preço do Rafale, o mais caro, estimado entre US$ 70 e US$ 80 milhões.
Já com relação aos norte-americanos a dúvida é a transferência de tecnologia, uma vez que há necessidade de autorização do Congresso.
Na semana passada, Dilma reuniu com senadores norte-americanos em visita ao país, e abordou o assunto. Eles ratificaram o interesse no F-X2.
Positivo. “Se essa for mesmo a posição da presidenta, é um fato positivo”, afirmou ontem Expedito Bastos, especialista em assuntos militares da Universidade Federal de Juiz de Fora.
Ele avalia que a revisão das propostas pode beneficiar a Boeing. “Os norte-americanos voltam a ter chance de ganhar a disputa. Eles são tradicionais fornecedores de armamentos para o país”, afirmou.
Para o vice-diretor regional do Ciesp em São José, Ney Pasqualini, a notícia também é positiva para o setor aeronáutico da região, que tem preferência pelo avião sueco.
Está todo mundo em compasso de espera”, disse.
                        fonte: agencia estado / postado por Daniel Pereira

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