DILMA VAI REVER COMPRA DE CAÇAS
Nova reviravolta no processo de compra de 36 caças para a FAB (Força Aérea Brasileira), o Programa F-X2. A presidenta Dilma Rousseff (PT) decidiu reavaliar as propostas finalistas antes de tomar sua decisão.A notícia foi divulgada ontem por agências internacionais de notícia, com base em informações de fontes do governo federal.
Dilma quer novas garantias e acertar questões sensíveis como transferência de tecnologia, um dos principais pontos do programa.
A presidenta não “teria preferência por qualquer fornecedor”, o que significa que os três concorrentes continuam no páreo.
Os finalistas do processo de escolha do jato que irá reequipar a FAB são o consórcio francês liderado pela Dassaut, com o Rafale, a sueca Saab, com o Gripen NG, e a norte-americana Boeing, com o F-18 Super Hornet.
O negócio está avaliado em pelo menos US$ 4 bilhões, mas esse valor pode aumentar dependendo do pacote que for negociado. O Ministério da Defesa e os concorrentes não comentaram o assunto.
Preferência. O ex-presidente Lula tinha preferência pelo caça francês. Em 2009, ele chegou a anunciar como certa a compra do Rafale.
Já Aeronáutica, em relatórios elaborados e depois revisados, apontou que o sueco seria a melhor opção pelo preço e pela transferência de tecnologia.
O jato sueco ainda está em fase de desenvolvimento e a Saab acenou a possibilidade de o país participar do projeto caso o Gripen NG seja o vencedor.
A Dassault garante que irá transferir tecnologia e oferece benefícios e parcerias com a indústria brasileira, principalmente com a Embraer, no desenvolvimento do cargueiro KC-390, mas tem o fator do preço do Rafale, o mais caro, estimado entre US$ 70 e US$ 80 milhões.
Já com relação aos norte-americanos a dúvida é a transferência de tecnologia, uma vez que há necessidade de autorização do Congresso.
Na semana passada, Dilma reuniu com senadores norte-americanos em visita ao país, e abordou o assunto. Eles ratificaram o interesse no F-X2.
Positivo. “Se essa for mesmo a posição da presidenta, é um fato positivo”, afirmou ontem Expedito Bastos, especialista em assuntos militares da Universidade Federal de Juiz de Fora.
Ele avalia que a revisão das propostas pode beneficiar a Boeing. “Os norte-americanos voltam a ter chance de ganhar a disputa. Eles são tradicionais fornecedores de armamentos para o país”, afirmou.
Para o vice-diretor regional do Ciesp em São José, Ney Pasqualini, a notícia também é positiva para o setor aeronáutico da região, que tem preferência pelo avião sueco.
Está todo mundo em compasso de espera”, disse.
fonte: agencia estado / postado por Daniel Pereira
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