quinta-feira, 14 de outubro de 2010

DROGA



 Todas as pessoas estão preocupadas com a droga, este é um tema que está presente nas famílias, igrejas, clubes, associações, filmes e novelas.
Mas é uma pena que esta maldição, chama droga está atingindo muita gente, crianças, adolecentes, jovens, adultos e até idosos.
Sabemos que o fim sempre será tragico, provavelmente a morte.
Em nossa cidade de Valença, famílias estão sendo distruidas e ceifadas e por esta razão que vamos aprespecial que mostra o drama das vítimas de droga.
Iremos iniciar falando dobre o crak. 

Série especial mostra o drama das vítimas do crack
Considerada a pior das drogas, pedra tem feito um número cada vez maior de vítimas
Toda vez que um viciado em crack acende seu cachimbo assina uma nova sentença de morte. Com o poder de escravizar às primeiras tragadas, a pedra à base de cocaína arrasta o usuário à sarjeta em pouquíssimo tempo. A droga, que avança como uma praga pelo território, faz mais vítimas do que qualquer outra porque afunda o dependente numa degradação física e psicológica que o empurra ao crime para saciar o vício devastador.
A estimativa oficial é de que haja 80 mil usuários de crack na Bahia. O dado é alarmante, mas a realidade pode ser ainda pior, uma vez que a estatística se baseia em pessoas que procuram ajuda em centros de reabilitação, o que exclui uma imensa parcela que convive com a droga e o tráfico diariamente.
O estrago social provocado pelo crack tem impacto nítido em Valença, a começar pela violência. Desde que a droga aportou na cidade, há duas décadas, os índices de criminalidade só aumentaram. Até março deste ano, a droga já motivou 80% dos assassinatos.
— Na fissura por mais droga, muitos usuários se envolvem em assaltos, furtos, se endividam com traficantes. Terminam pagando com a própria vida.
O crack, assim denominado porque a pedra emite pequenos estalos quando queimada, leva fama de ser uma droga barata desde que seu consumo explodiu nas periferias brasileiras, nos anos 1990. Mas o baixo custo da pedra, em torno de R$ 5, é uma ilusão. Da mesma maneira que não se tem notícia de alguém que tenha experimentado crack uma única vez, um dependente não se satisfaz com uma pedra. Na fissura, o usuário fuma 20, 30 pedras ao dia. Para custear vício, primeiro se desfaz do que tem, depois parte para o crime.
No Estado, as apreensões de crack se multiplicam a cada ano, um indício claro de que mais gente está consumindo e precisa de dinheiro para tal. Desde janeiro até setembro deste ano foi aprendida muita droga, mais que o doblo do ano de 2009.
A polícia calcula que, haja mais de 1000 pontos de venda de crack e outras drogas, como maconha e cocaína, na Bahia. 
Na cidade de Caxias no Rio Grande do Sul, de janeiro a março de 2010, 96 pessoas já foram indiciadas. Nos pontos de venda, traficantes costumam aceitar de tudo dos viciados em desespero, de laptops a bonecas.
— É comum encontrar todo tipo de material nos pontos de tráfico. Qualquer coisa serve como moeda de troca – revela o tenente-coronel Júlio César Marobin, comandante do 12º Batalhão de Polícia Militar (12º BPM), de Caxias.
— Num Natal, meu filho conseguiu trocar por crack até o peru da nossa ceia. Toda noite eu tinha que colocar o botijão de gás no meu quarto senão meu filho vendia por pedra – conta a caxiense Everly de Jesus Rodrigues, 45 anos, mãe de um garoto de 18 anos morto a tiros em consequência do vício, mês passado.
O drama que o crack leva para dentro das famílias não aparece nas estatísticas policiais, mas é gravíssimo. Nos últimos tempos, casos de mães que acorrentam seus filhos na tentativa de conter o vício têm aparecido com frequência na imprensa. Entretanto, a maioria das famílias silencia, por medo ou vergonha, enquanto dinheiro e objetos são levados de casa.
— O usuário não se penaliza com barbaridades que comete, com parentes ou desconhecidos, porque o crack anestesia o afeto — diz Maria Virgínia Agustini, coordenadora da política de saúde mental da Secretaria Municipal da Saúde.
A lotação de instituições de reabilitação e ambulatórios de desintoxicação é uma demonstração dessa epidemia que atinge centenas de lares gaúchos, ricos e pobres. Só em Caxias, 514 pessoas em atendimento, sendo que 90% são dependentes de crack.
— Se o diabo inventou um inferno na terra, esse inferno é o crack — ressalta Roberto Faleiro, coordenador da Casa de Passagem São Francisco.
Do total de usuários em tratamento, 35% abandonarão tudo no meio do caminho. Entre os que concluírem o processo, 90% vão recair na pedra.
— O crack provoca muitas sequelas no organismo e é difícil conseguir algum resultado de longo prazo — revela o psiquiatra Celso Luís Cattani, especialista em dependência química.
Quando o assunto é crack, não há motivos para otimismo
Em São José dos Campos-SP, conhecida como capital do Vale, devido se grande desenvolvimento a droga também esta se alastrando, a favela do Banhado está virando a cracolândia. Usuários de drogas, especialmente crack, vivem em barracas espalhadas pela encosta do Banhado, em meio à sujeira, para consumir drogas.
os últimos 10 dias, a Polícia Militar fez duas operações em favelas da cidade para apreender drogas e armas. Quase 40 pessoas foram detidas. Entre elas, seis procurados pela Justiça. Os policiais apreenderam quase 100 porções de drogas.
Batizada de "Ação Força Comunitária" e com o objetivo de coibir a rota do tráfico de armas e de drogas na região, a última blitze foi realizada na noite de ontem, nas favelas do Banhado, da Santa Cruz e da Vila Guarani, envolvendo 60 policiais militares e 30 viaturas.
Os policiais detiveram mais de 30 pessoas, entre elas um menor e uma mulher grávida. A maior parte dos detidos estava escondida em barracas decrépitas espalhadas pela encosta do Banhado. A polícia encontrou cachimbos improvisados e papelotes de alumínio usados no consumo de crack. Não foram encontradas grandes quantidades da droga.
Em razão disso, todos os suspeitos foram fichados e depois liberados. "É um grave problema social. As pessoas perdem a dignidade e chegam ao fundo do poço", disse o tenente Geraldo Leite Rosa Neto, um dos comandante da operação.
Na Vila Guarani, a Polícia Militar deteve um adolescente de 16 anos com 42 pedras de crack e 23 papelotes de cocaína, além de prender uma mulher de 21 anos procurada pela Justiça por tráfico de drogas.
A operação completa contou com blitze em seis pontos da cidade, das 14h às 22h, nas regiões norte, leste e centro-oeste. Foram usados bloqueios nas ruas, operação em bares e batidas nas favelas.
Ao todo, os policiais abordaram 542 pessoas, recolheram um carro e 14 objetos furtados.
Banhado.
Nas barracas improvisadas no Banhado, foram encontrados colchonetes e cobertores envelhecidos e enegrecidos pela sujeira. Trapos usados como roupas e restos de comida misturavam-se com o barro úmido do mato. Os policiais localizaram muitos isqueiros, usados para acender os cachimbos de crack, e até uma Bíblia.
Num dos "acampamentos", e havia mais de cinco deles, foram localizados uma sacola com várias peças de bijuteria. Segundo a polícia, trata-se de peças furtadas e roubadas que seriam vendidas para financiar o consumo de drogas.
A polícia suspeita que os moradores façam vista grossa para a movimentação do tráfico na favela. "Eles usam um esquema que emprega pelo menos três pessoas numa operação de venda de drogas", disse o tenente Gustavo Dias Olívio, da Polícia Militar de Jacareí, que também participou da operação. "Desde a pessoa que recebe o pedido do comprador até aquele que sabe onde a droga está escondida, passando pelo menor que faz a ligação entre os dois."
Os moradores da favela se mostram acostumados com a presença da polícia. Enquanto os policiais vão passando pelas vielas apertadas, carregando pistolas e fuzis, os moradores continuam com a sua rotina. Muitos deles saem nos portões para acompanhar a movimentação dos militares.
Na frente do 'Bar do Bigode', bem no meio da favela, os policiais abordaram ainda três jovens. Enquanto era feita a revista, a letra de uma música vinda do bar dizia que "a vida é assim mesmo".

                            postado por Daniel Pereira

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