domingo, 10 de outubro de 2010

RÁDIO JOVEM PAN, A MAIOR REDE DE RÁDIO DO BRASIL

Há quem imaguina que tudo que faz, ele é o melhór, imagina também que faz sucesso sózinho. Vamos conhecer um pouco de um grande empresário da comunicação, ele é simples, humilde, honesto, dá oportunidades para muita gente, abre as pórtas das suas emissoras de Rádio para todas as pessoas que lá chegam, ele é um amigo de todos os seus concorrentes e escreveu um livro muito interessante " Ninguém faz sucesso sózinho" Estamos falando de Antônio Augusto Amaral de Crvalho, nosso amigo "Tuta" Proprietário da Rede Jovem Pan.
Antônio Augusto Amaral de Carvalho, o Tuta, (Jornalista, Federação Internacional de Jornalistas, Federação Nacional dos Jornalistas/Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo, Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo) é filho de Paulo Machado de Carvalho e presidente da Rádio Jovem Pan. Nascido em São Paulo. Começou sua vida profissional na Rádio Panamericana em 1949. Em 1951 assumiu a direção da emissora e ficou até setembro de 1953, quando deixou a rádio, transferido para a TV Record pouco antes da sua inauguração (27 de Setembro de 1953). A TV Record também pertencia ao grupo de comunicações comandado pelo Dr. Paulo Machado de Carvalho.
Antonio Augusto, após um período de adaptação ao novo veículo, passou a exercer a função de Diretor de Reportagens Externas. Naquela época, inicialmente, as transmissões externas feitas pelo Canal 7 eram restritas aos jogos de futebol e em seguida vieram outros tipos de eventos e reportagens.
Na década de 50 já existiam a TV Tupi e a TV Paulista, ambas transmitindo futebol ao vivo. A TV Record seria apenas mais uma se não inovasse. Tuta, então, resolveu: “a transmissão precisa ser diferente...” e o segredo, na opinião dele, era a agilidade e a criatividade. Implantou o rodízio de lentes nas câmeras, “... cada câmera permitia o uso de quatro lentes e uma delas servia para a transmissão do jogo. Uma outra câmera tinha uma lente poderosa de mil polegadas para os closes e detalhes do jogo e dos atletas. Até hoje, as emissoras usam esse tipo de transmissão, claro, com equipamentos modernos. Em poucas semanas alcançamos o primeiro lugar na preferência do público e as concorrentes foram obrigadas a reagir, usando o mesmo sistema utilizado pelo Canal 7“.
Quase todas as transmissões de futebol, naquele tempo, eram do Estádio do Pacaembu. Entre as novidades apresentadas pelo Canal 7 estavam as imagens mostrando os detalhes de lances e closes dos jogadores. Um sucesso. Quando o Tuta mandou colocar uma câmera no alto das arquibancadas mostrando o estádio inteiro, muita gente achou que “não iria funcionar. Mas, funcionou”. As ousadias continuaram. Antonio Augusto mandou colocar uma câmera na pista de atletismo focada para as cadeiras numeradas e arquibancadas com o objetivo de mostrar o público e suas reações. A transmissão virou um espetáculo comentado na cidade. Tudo ia bem, até que um dia, uma das imagens mostrou um ilustre dirigente ao lado da amante. A confusão na casa do cartola provocou a ordem de “câmera mostrando o público, nunca mais”. Depois de alguns anos, as imagens voltaram.
Mas, as inovações da TV Record continuavam. A equipe passou a usar três câmeras Polaroid (aquelas dos retratos instantâneos) e nos intervalos dos jogos, no salão do café (usado na época para encontro dos dirigentes e convidados) exibia as fotos dos gols ou lances duvidosos. As fotos eram mostradas num telão e uma câmera levava essas imagens para os telespectadores em suas casas. E diante das imagens, discutiam os dirigentes e, certamente, o público em casa. Era um sucesso. Foi, na verdade, o que antecedeu o vídeo tape.
Meses depois, a equipe comandada por Antonio Augusto Amaral de Carvalho recorreu a duas filmadoras 16mm para utilizar imagens nos intervalos: “ ...funcionava assim, o nosso pessoal filmava e precisava revelar num curto espaço de tempo. Como fazer isso naquela época? A solução foi levar um tambor e jogamos dentro dele aqueles componentes químicos necessários para revelações de películas. Tudo feito no escuro. A turma jogava o filme dentro do tambor e minutos depois a revelação ficava pronta. Vinha com manchas, é verdade. Mas, para a época, era genial. E usando um projetor 16mm , passávamos as imagens no telão do café para os Vip´s e uma câmera levava tudo ao telespectador. Era uma exibição com limitações técnicas, é claro. Era o futuro no passado“.
E as transmissões “impossíveis” não paravam. A equipe do Tuta conseguiu viabilizar imagens ao vivo de Campinas “e logo depois do Rio de Janeiro, num sábado ([26 de Maio] de [1956]) diretamente do Hipódromo da Gávea, no dia seguinte pela manhã o Canal 7 transmitiu da Praia de Copacabana e à tarde mostrou do Maracanã, Brasil e Itália. Foi a primeira transmissão direta Rio - São Paulo (1956). Uma loucura que deu certo “. Todos sabiam que aquilo era uma façanha rumo aos tempos modernos. Tempos depois, os dirigentes resolveram impedir as transmissões ao vivo. Alegavam que a grande audiência era a responsável pela queda do público nos estádios. Simplesmente, proibiram o “ao vivo”.
E o que parecia uma péssima notícia, permitiu o surgimento, aos domingos, de um dos melhores momentos da televisão brasileira.
Sem futebol e tentando recuperar-se do incêndio que destruiu os estúdios e o seu espetacular banco de imagens, a TV. Record buscou novas e rápidas alternativas. Dos equipamentos da televisão restou somente o ônibus de transmissão externa, com apenas quatro câmeras, o que permitiu que a emissora voltasse ao ar três horas depois de iniciado o grande incêndio.
Começou, então, na década de 60, uma história rica e imperdível da comunicação no Brasil. Todos os programas do Canal 7 - sem estúdios - foram levados para o famoso Teatro Record , entre eles Hebe e Roberto Carlos. Para produzir e dirigir os programas da emissora foi criada a mítica EQUIPE A, formada por Antonio Augusto Amaral de Carvalho (TUTA), Nilton Travesso, Manoel Carlos e Raul Duarte. Durante muitos anos, esse time de elite fez programas e transmissões inesquecíveis, como Troféu Roquete Pinto, Show do dia 7, Família Trapo, Fino da Bossa, Essa Noite Se Improvisa, Bossaudade, Alianças para o sucesso, Corte Rayol Show, entre outros.
Dos 50 anos de trabalho na comunicação brasileira, Antonio Augusto Amaral de Carvalho (TUTA) ficou 20 anos na TV Record (1953 a 1973). Recebeu alguns dos mais importantes prêmios destinados aos profissionais da área: 10 Troféus Roquete Pinto (consecutivos), 3 Troféus Governador do Estado, 2 Troféus TV Tupi.
Em 1973, Tuta comprou todas as ações da Rádio Jovem Pan e dirige a emissora até hoje. É jornalista profissional (Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo n° 889).
Desligando-se oficialmente da TV Record em 1973, Tuta passou a dedicar-se inteiramente à direção da Jovem Pan AM. A sede da emissora ainda era no complexo utilizado pela TV Record (no prédio da Av. Miruna, em São Paulo, estavam instaladas, também, as rádios Record e Jovem Pan AM). Vale ressaltar que, naquela época, a freqüência FM era utilizada apenas para comunicação interna das emissoras. Tempos depois veio a autorização para a montagem de emissoras FM. Estava começando a surgir a Jovem Pan FM, atualmente um sucesso nacional, diriga pelo filho de Tuta, Antônio Augusto Amaral de Carvalho Filho, o Tutinha. A estrutura artística da JP começou a ser formada. Chegaram equipes esportivas e foi criado o Homem do Tempo, com Narciso Vernizzi.
Paralelamente, Tuta já esboçava planos para levar a Jovem Pan para uma sede própria, preferencialmente, na Avenida Paulista, o ponto mais alto da cidade de São Paulo. Era naquele local que Tuta queria instalar, no topo de um prédio, a antena da FM. Negócio fechado com o Edifício Sir Winston Churchuill (Av.Paulista 807), 24° andar. O prédio ainda estava em construção e para receber a torre da FM foi necessário um reforço na estrutura. A antena é um dos marcos atuais da Avenida Paulista. Atualmente a emissora ocupa integralmente três andares do edifício (14°,20° e 24°), e parte de outros (19º, 23º). A antena da Jovem Pan AM e os modernos transmissores estão instalados na Zona Sul, próximos da Represa Billings.
Tuta queria uma coisa diferente. "Quero uma rádio moderna, futurista. Os estúdios precisam ser diferentes e a emissora deve priorizar o jornalismo. Não quero os tradicionais aquários (comuns em quase todas as emissoras de rádio). Vamos inovar. E precisa ser uma radio prática. A minha idéia é, também, uma central técnica bem localizada. Nela, entrarão todas as linhas de comunicação, com gravadores de reportagens e entrevistas e ao mesmo tempo com visão total para os quatro estúdios e para os quatro controles de áudio".
O conceito que estava na "cabeça" de Tuta foi levado ao escritório do conceituado arquiteto Fabio Penteado, e os especialistas transformaram o sonho de Antonio Augusto Amaral de Carvalho em realidade. Os grandes vidros redondos foram importados, e os traços mostravam que a construção circular lembraria um "submarino", A obra terminou em 1973 e até hoje as instalações da JP permanecem atuais e servem de modelo para as emissoras que se instalam nos dias de hoje.
Variedades e jornalismo eram os pontos fortes da Jovem Pan. As novidades foram chegando. E ao longo das ultimas décadas a emissora aumentou a sua cobertura jornalística, excluindo a programação musical de entretenimento. Músicas, atualmente na JP, são apresentadas, apenas, quando dentro de um contexto jornalístico. A rádio Jovem Pan possui o mais numeroso quadro de jornalistas entre as rádios brasileiras.
A JP apresentou coberturas memoráveis e que tiveram grande repercussão junto à opinião pública (todas as informações sobre a história da JP podem ser encontradas no livro Jovem Pan: 50 anos, escrito pelo jornalista Álvaro Alves de Faria, Editora Parma). Grandes eventos esportivos, reportagens especiais e as principais vozes do país passaram pelos microfones da Jovem Pan. Copas do Mundo de futebol sempre tiveram uma atenção especial da emissora. Mas Tuta surpreendeu quando decidiu não transmitir a Copa do Mundo de 2002, na Coréia/Japão.
Ficou sozinho defendendo essa postura. Dizia que “uma Copa realizada com um fuso tão grande é coisa para televisão. Se alguém acordar de madrugada, vai ligar a TV e não o rádio para assistir aos jogos. E tem mais: o preço que estão pedindo pelos direitos de transmissão, são irreais, levando-se em conta o aspecto horário”. Foi a única grande emissora brasileira a tomar a decisão de não transmitir os jogos. Interna e externamente, a decisão de Tuta foi vista como extremamente temerária. Alguns diziam que, talvez, a radio não resistisse à ausência em um evento tão importante.
Enquanto todos discutiam a "loucura" de Tuta, ele buscava uma alternativa bombástica. Foram contratados os grandes técnicos brasileiros como comentaristas durante o Mundial. Vieram Carlos Alberto Parreira, Emerson Leão, Vanderlei Luxemburgo, Candinho, Carlos Alberto Torres e Moraci Santana. E por fim, uma noticia estrondosa: contratou o mais polêmico nome daquele momento, Romário, preterido pelo técnico da seleção, Luís Felipe Scolari, e exigido pelos torcedores brasileiros. Romário não foi à Copa, mas ficou comentando a competição pela emissora.
Todos eles uniram-se à equipe esportiva da Jovem Pan, e durante toda a programação - diariamente - comentavam e opinavam. Durante os jogos, a rádio apresentou uma grande mesa redonda. As pessoas assistiam à partida pela TV e ouviam um grande time de comentaristas e técnicos pelo rádio. A repercussão foi grande. Tuta provou que estava certo. Cresceu a audiência e o retorno financeiro.
Outra marca da emissora foram as campanhas voltadas à prestação de serviços e em defesa da população, como "A família é o berço de tudo", "Já fui assaltado!" (com um milhão de adesivos aplicados nos carros da cidade de São Paulo), "Pela Vida, contra as Drogas", "Brasil, país dos impostos" , entre outras mobilizações. Durante toda a programação, um grande número de repórteres, comentaristas e técnicos agiliza a transmissão de informações usando os mais modernos recursos da comunicação. Carros de reportagem cortam a maior cidade brasileira, e o helicóptero da emissora sobrevoa São Paulo várias vezes ao dia.
A Rádio Jovem Pan exigiu e conseguiu que a Lei que determinava a execução do Hino Nacional do Brasil antes dos eventos esportivos (futebol) fosse cumprida. Fez uma intensa campanha pregando o respeito a um dos símbolos nacionais. E, finalmente, em 2007, no Estado de São Paulo, a legislação passou a ser seguida. E, minutos antes dos jogos serem iniciados, o Hino Nacional é executado, com todos os atletas perfilados, o que passou a ser feito também em alguns estados do país. A Jovem Pan transmite aquele momento solene. A JP respeita o Hino Nacional.
Indignada com a proibição da presença de repórteres de rádio sobre o campo de jogo, antes e depois das partidas, impedindo que a emissora levasse informação aos seus ouvintes, a JP recorreu ao Poder Judiciário e obteve liminar autorizando seus repórteres a entrevistar livremente durante todo o Campeonato Paulista/2009.
Usando os mesmos argumentos, acolhidos pela Justiça, obteve liminar para que seus profissionais pudessem trabalhar também, em jogos do Campeonato Brasileiro 2009, realizados em São Paulo. A justiça reconheceu a importância fundamental do livre trabalho de informar, o tempo todo. Prevaleceu a histórica postura da Jovem Pan, lutando pela liberdade incondicional de transmitir informação.
A emissora é reconhecidamente independente e carrega a imagem da seriedade e credibilidade. Hoje, é maior rede de rádios do Brasil. Reúne 133 afiliadas, tem 25 milhões de ouvintes e 1500 cidades brasileiras recebem diretamente a programação da JP. A empresa tem, também, a Jovem Pan Brasil (em Brasilia), a Jovem Pan Rio Preto (em São José do Rio Preto-SP), a Jovem Pan Santos (em Santos-SP) e a Jovem Pan FM.
No final da década de 80, Antonio Augusto Amaral de Carvalho recebeu a concessão para instalação do Canal 16 UHF, em São Paulo. "Era um novo sonho. Esse não prosperou”. Em julho de 2007 lançou a Jovem Pan-On Line, rádio com imagem, uma nova empreitada de Tuta. Segundo, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni , " a Jovem Pan saiu na frente mais uma vez. Esse é o rádio do futuro ". , gal
Antonio Augusto Amaral de Carvalho, o Tuta, passou boa parte da sua vida aprendendo e comandando a programação da mais importante, na época, emissora de televisão do Brasil, a TV Record. Sua atenção parcial, desde 1968, e integral, a partir de 1973, estave voltada para a Radio Jovem Pan, com o objetivo de transformá-la na mais conhecida e influente emissora de radio do país.
Mas, no início dos anos 80, Tuta passou a pensar também em conseguir uma concessão governamental para a montagem de um canal de TV. O governo abriu um edital e, depois de cumprir todas as exigências legais, Tuta teve concedida em 10/12/1987 a TV JOVEM PAN LTDA, CANAL 16 UHF.
Com a concessão nas mãos viriam etapas importantes e absolutamente indispensáveis para a construção de uma emissora de televisão. Os sócios da nova empreitada reuniram-se e começaram a discutir quais os equipamentos ideais e onde seria instalada a sede Canal 16-UHF. Depois de ouvidos os especialistas ficou definido que o transmissor seria NEC, e todos os demais equipamentos, SONY.
A idéia de Tuta sempre foi seguir a mesma linha editorial/operacional da Rádio Jovem Pan, dando prioridade ao jornalismo, ao esporte e à prestação de serviços. Na cabeça de Tuta, a TV deveria ser diferente daquelas já existentes no Brasil. Queria "mostrar tudo, toda hora, o dia todo...” Numa das primeiras reuniões, Tuta revelou que, para transformar o seu projeto em realidade, era preciso adquirir 48 câmeras. Pronto, disseram alguns "o Tuta está delirando de novo...". Mas, o entusiasmo e o forte poder de apresentar suas idéias convenceram os mais reticentes. Por ser o único, entre os sócios, profundo conhecedor de televisão e rádio, foi o indicado para comandar os departamentos técnico e artístico.
As câmeras foram compradas, e com elas chegaram todos os equipamentos das centrais técnicas, microfones e tapes. Foi construído, especialmente, um onibus para transmissões externas. O veículo tinha seis câmeras e cinco máquinas de video-tapes e recursos operacionais para realizar qualquer tipo de comercial ou programa, em qualquer lugar (o ônibus - o mais moderno - e a equipe prestaram serviços em algumas oportunidades à TV Globo para a transmissão de eventos esportivos, como o Sulamericano de Volei, realizado em São Paulo). O ônibus, uma verdadeira televisão móvel, era a menina dos olhos de Antônio Augusto Amaral de Carvalho. As equipes técnicas e de reportagem se deslocavam a bordo de seis carros com estrutura para transmissões ao vivo. A TV JOVEM PAN-CANAL 16-UHF iniciava sua caminhada com ótimo ritmo.
Mas, surpreendentemente, a relação entre os sócios se deteriorou em pouco tempo, e os proprietários decidiram vender a emissora no início dos anos 90. O prédio, as 48 câmeras e os demais equipamentos foram vendidos para a Rede Record.
Tuta saiu integralmente do negócio e, atualmente, o CANAL 16 – UHF (ficou com um dos sócios), limita-se a vender os mais diversos artigos pela TV. A emissora não tem mais o nome TV JOVEM PAN (o nome pertence à Rádio Jovem Pan, registrado em Marcas e Patentes). Para Tuta, o fim dessa empreitada foi um dos poucos sonhos que não conseguiu realizar. Aos mais próximos diz que "não deu certo. Valeu a tentativa. Foi um sonho que tentei transformar em realidade. Eu sempre soube que a vida nunca foi fácil para as pessoas que sonham. Mas, posso garantir que tudo o que consegui realizar, eu sonhei antes".
Em 25 de Setembro de 2008, Dia do Rádio, a Jovem Pan entregou a funcionários, colaboradores e consultores o livro "7 Capítulos e uma Grande História", contando a caminhada profissional do Tuta.
O livro mostra com fotos históricas e depoimentos de grandes personalidades do rádio e da televisão – Hebe Camargo, Fausto Silva, Jô Soares, Agnaldo Rayol, Manoel Carlos e outros. Revela que ele ajudou a construir a comunicação no Brasil. O livro é dividido em 7 capítulos - número que o acompanha pela vida - distribuídos em 180 páginas.
A obra parte do presente com destino ao passado, onde tudo começou. Indica os passos, os tropeços, as emoções, as invenções e apresenta muitos dos grandes nomes que cruzaram com Tuta no período mais rico do rádio e da televisão brasileira.
O livro está disponível para visualização online no site oficial da jovempan.[1]
A JOVEM PAN ONLINE COMEÇOU EM JULHO DE 2007
Há muitos anos Tuta dizia que, infelizmente, a televisão brasileira vinha insistindo em não abrir espaço para os artistas brasileiros e era rara a transmissão de shows dos grandes artistas internacionais. Quando questionados, os diretores das emissoras respondem que A Grade de Programação “tem as suas limitações”.
Essa situação, na verdade incomodava a quem passou muitos anos de sua vida dirigindo e criando programas musicais e tratando com grandes artistas brasileiros e internacionais. Dizia mais “como os jovens encontrarão estímulo para mergulhar no mundo da música? A juventude vai se entusiasmar para seguir os passos dos nossos grandes astros de um passado não muito distante? ”
“O Site da Jovem Pan – disse Tuta – poderia ser uma ótima ferramenta para apresentar bons shows e até reportagens ao vivo”. E realmente a internet era capaz de colocar em prática a idéia de Antonio Augusto Amaral de Carvalho.
E em meados de 2007 Tuta resolveu agir. Os Shows, ele trouxe do seu arquivo pessoal, construído ao longo das últimas décadas.
Incluir informações, comentários e reportagens na Jovem Pan Online não foi uma missão difícil, já que ele tinha a sua disposição um grande grupo de jornalistas prontos para serem acionados.
Os repórteres da Rádio Jovem Pan, especialistas em informar estavam lá, prontos para serem incluídos no mais moderno projeto de Tuta: O RÁDIO COM IMAGEM!
Foi montado um pequeno estúdio em um dos andares da emissora e em 07/2007 tudo começou.
Em pouco tempo, Tuta percebeu que tudo poderia ser melhor produzido e apresentado. Aprimorou a qualidade e a Jovem Pan OnLine começou a ter dezenas de participações diárias dos repórteres, com entrevistas e comentários.
O número de Shows começou a aumentar intensamente e hoje são milhares de opções para aqueles que gostam de música brasileira e internacional. As mais variadas épocas da música estão na Jovem Pan Online.
O público pode assistir a qualquer hora, quantas vezes desejar e não paga nada. Fundamentalmente, é um grande serviço prestado a favor da música e dos artistas. Ele deixou isso ainda mais claro, quando determinou que: “Todos os artistas, jovens e desconhecidos, que queiram divulgar o seu trabalho terão espaço na Jovem Pan Online”.
Foi montado um segundo estúdio, maior, preparado para entrevistas ao vivo e gravações especiais. Dele são apresentadas entre outras atrações, duas edições diárias da “Hora de Notícia” às 12H e 18H com todos os repórteres da Jovem Pan. Informações rápidas, objetivas, atualizando o público com a velocidade imbatível do rádio, DO RÁDIO COM IMAGEM.
Tuta criou também de segunda a sexta-feira, das 19H30 às 20H a ENTREVISTA ESPECIAL. Ao vivo, pela Jovem Pan Online e pela Rádio Jovem Pan e com a maior rede de rádios do Brasil, uma personalidade é entrevistada pelos jornalistas da emissora.
É, sempre, uma entrevista em rede nacional de Rádio sobre os mais variados temas.
E, pela Jovem Pan Online, uma conversa sem fronteiras. Não há limites para o alcance da internet. A entrevista, com imagem, vai para todos os continentes.
Tuta pegou gosto pela Jovem Pan Online. Sua disposição impressionava a todos, desde o início ele dizia “Vai dar Certo, é o futuro. Esse é um caminho sem volta. A força do Rádio é inquestionável e agora tem mais um braço, o RÁDIO COM IMAGEM”.
Em todos os vídeos colocados à disposição dos internautas, há informações e créditos, revelando dados sobre os artistas e mostrando a quais gravadoras eles estão vinculados. E nos shows mais recentes há, inclusive, a recomendação “compre, esse DVD vale a pena”.
Quando decidiu investir na Jovem Pan Online, Tuta trouxe Nilton Travesso seu antigo companheiro e amigo de muitas décadas, também um especialista em televisão.
A Jovem Pan Online foi aumentando as opções para os internautas. Atualmente fala sobre dezenas de assuntos que interessam a todos os segmentos da sociedade. Hoje, a Jovem Pan Online também tem sua grade e nela há espaço para tudo.
Tuta guarda com orgulho, o depoimento de Boni, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho – grande personagem da televisão brasileira e que comandou os melhores momentos da TV Globo – quando soube de mais uma empreitada de Antonio Augusto Amaral de Carvalho: “ Novamente a Jovem Pan saiu na frente. É o futuro, é o Rádio com Imagem”. Slogan que a Jovem Pan online tem usado aproveitando a experiência e o reconhecimento de um dos mais profundos conhecedores da comunicação no país.
A. A. A. de Carvalho - TUTA
O livro Ninguém faz sucesso sozinho (Escrituras Editora) traz a trajetória de vida do jornalista Antonio Augusto Amaral de Carvalho,o Tuta, um inovador e um dos nomes mais importantes da história da rádio e da televisão do Brasil. Tuta foi responsável por inúmeras inovações na cobertura esportiva, como: - as primeiras tomadas do público nos estádios
- (anos 50) transmissão de fotos tiradas em câmeras polaróides nos intervalos do futebol, na época em que não se tinha videoteipe. Depois, a equipe técnica da TV Record utilizou-se do recurso de filmar em 16 milímetros, em duas ou três câmeras, revelar o filme em enormes barris com ácido de revelação, em um prazo de três a cinco minutos - (1956) – instalação de uma equipe de reportagem, pela primeira vez, nos vestiários dos estádios, tornando os intervalos mais atrativos - a primeira câmera instalada atrás do gol - Tuta foi o primeiro diretor de TV a fazer transmissões Rio-São Paulo, cobrindo Brasil X Itália no Maracanã, em 1956, percorrendo os 400 Km de distância com caminhões do Exército e toda a equipe da Record no apoio - Na cobertura das partidas de futebol, no começo, eram usadas duas câmeras, depois três. Inovou em tecnologia e no registro das imagens dos jogadores durante as partidas.
O início da trajetória do jornalista Antonio Augusto Amaral de Carvalho, o Tuta, 78 anos, deixando sua marca na história da radiodifusão brasileira, ocorreu em 1949, como auxiliar na então Rádio Panamericana, que era, na época, a “Emissora dos Esportes”.
Em 1952, Tuta assumiu a direção-geral da Panamericana. Tinha, então, 21 anos de idade. Em 1953, Tuta deixou a Panamericana para trabalhar TV Record, que iniciava suas transmissões. Na TV Record, criou e dirigiu programas históricos da televisão brasileira, como “O Fino da Bossa”, “Bossaudade”, “Família Trapo”, “Hebe”, “Show do dia 7” e muitos outros que marcaram época.
Por seu trabalho na TV Record, da qual se desligou em 1973, Tuta recebeu por dez anos consecutivos, a partir de 1955, o Prêmio Roquete Pinto, que era a maior distinção da televisão brasileira na época. Em 1958, recebeu o Tupiniquim, da TV Tupi, e mais outro se seguiu. Em 1966 e 1969 foi agraciado com o Prêmio Governador do Estado.
Embora pertencendo aos quadros da TV Record, Tuta assumiu novamente a direção da Rádio Panamericana em 1964. O nome “Jovem Pan”, substituindo “Panamericana”, surgiu em 1965, dado pelo doutor Paulo Machado de Carvalho, o Marechal da Vitória. Em 1966, Tuta começou a grande transformação da emissora que, mais tarde, se tornaria em uma referência do rádio brasileiro.
Já com o nome de Jovem Pan, Tuta iniciou vários programas com ídolos da MPB que, na época, faziam grande sucesso na TV Record. Em 1970, começou a criar na Jovem Pan os primeiros programas jornalísticos e de prestação de serviços que transformaram o rádio do Brasil, fazendo escola, especialmente a “Equipe Sete e Trinta”, que depois se tornaria no “Jornal da Manhã”, que é o mais ouvido no país até hoje.
Em 1976, implantou a Jovem Pan-2, FM, designando Antonio Augusto Amaral de Carvalho Filho, para sua direção, cargo que ocupa até hoje. Foi outra iniciativa que mudou tudo nas FMs do país.
Em 1993, Tuta iniciou o Projeto Jovem Pan-SAT, implantado em 1994, transmitindo via satélite para todo o país, com sinal de áudio totalmente digital. Sob a direção de Marcelo Carvalho, hoje a Rede Jovem Pan-SAT, uma das maiores do mundo, conta com mais de 130 emissoras que transmitem para mais de 1500 municípios do país, incluindo 17 capitais, atingindo um contingente de 25 milhões de ouvintes.
Em 1997, Tuta criou o site da Jovem Pan na Internet, que se transformou, também, numa referência no que diz respeito à informação em tempo real.
Em 2007, implantou a Jovem Pan Online, o rádio com imagem, com uma programação que funciona dia e noite, abrangendo todos os setores, como Política, Economia, Esportes, Internacional, Cultura, Ciências e Comportamento. Dirigida por Sílvia Carvalho, a Jovem Pan Online representa outra iniciativa pioneira do jornalista Antonio Augusto Amaral de Carvalho que, com os olhos sempre voltados para o futuro, transformou a radiodifusão do Brasil, sempre com uma tecnologia e equipamentos de ponta, dos mais modernos do mundo, além de profissionais da mais alta qualidade, que fizeram a Jovem Pan ser chamada de “A Rádio do Brasil”.
José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, resume essa história com essas palavras que escreveu no livro: “Quando todos os profissionais de rádio achavam que nada mais havia para ser feito nesse veículo, Tuta apareceu com a inovadora Jovem Pan, diferente de todos os modelos existentes no rádio de todo mundo (...) Na televisão, Tuta foi responsável por inovações no esporte e no entretenimento que entraram para a história do veículo. Com a experiência da televisão, quando liderou a equipe A, produzindo as mais importantes atrações da TV Record, ele usou o rádio para fazer aquilo que a televisão sonhava fazer, mas não conseguia realizar (...) Reconheço e respeito Tuta, saudando-o por todo o seu magnífico trabalho na televisão e no rádio. E por este livro, que registra sua indiscutível competência e seu espírito renovador”.
José Nêumanne Pinto foi responsável pela organização, coordenação editorial, coleta de depoimentos e texto final do livro. Nêumanne é jornalista, poeta, escritor, editorialista do Jornal da Tarde e comentarista da Rádio Jovem Pan e do Sistema Brasileiro de Televisão (SBT).
A Associação Paulista dos Críticos de Artes concedeu o “GRANDE PRÊMIO DA CRÍTICA” à Antonio Augusto Amaral de Carvalho, o Tuta, pelo livro “Ninguém faz Sucesso Sozinho”. Os jornalistas Cesário Oliveira, Marco Antonio Ribeiro, Marcos Lauro e Silvio Di Nardo apontaram a obra como um documento histórico da comunicação brasileira, contada “por alguém que viveu e construiu grandes momentos do rádio e da televisão. E continua escrevendo a história...”

                       postado pelo aprendiz de Comunicação: Daniel Pereira

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